Trata-se do primeiro desenvolvimento submarino entre blocos em Angola, ligando os Blocos 17 e 17/06, com cinco poços submarinos conectados às infra-estruturas já existentes do FPSO Paz Flor. A operação decorre numa profundidade entre 800 e 1.200 metros e deverá acrescentar 30 mil barris por dia à produção nacional, com um investimento total de 850 milhões de dólares.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis anunciou, esta quarta-feira, 23 de Julho, em Luanda, o início da produção do “primeiro óleo” do Projecto Begónia, localizado em águas profundas da província do Zaire, a cerca de 150 quilómetros da costa angolana, resultado de uma parceria estratégica entre a ANPG (concessionária nacional), a TotalEnergies (operadora) e os parceiros do Grupo Empreiteiro do Bloco 17/06, composto pela Sonangol EP, SSI, ETU Energias e Falcon Oil.

Para o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, este tipo de projecto é crucial para manter a produção de Angola, optimizando os activos e recursos existentes. Diamantino Azevedo assegurou a continuidade de todos os esforços para a fornecer aos operadores e parceiros as melhores oportunidades para maximizar as suas actividades em Angola e aumentar a produtividade e eficiência do nosso sector petrolífero.

Martin Deffontaines, Director-Geral da TotalEnergies Angola destacando que esta iniciativa resultará em reservas de baixo custo e com baixas emissões, cumprindo assim com os objectivos da empresa que dirige, em encontrar soluções inovadoras que contribuam para o objectivo do Governo angolano em aumentar a produção incremental de petróleo.

O Projecto Begónia representa um “marco importante” em termos de Conteúdo Local, tendo envolvido mais de 1,3 milhões de horas de trabalho, 70% das quais foram realizadas em Angola, maioritariamente na base logística da SONILS, em Luanda. O Bloco 17/06 é operado pela TotalEnergies, que detém 30% de participação, ao lado da Sonangol EP (30%), SSI (27,5%), ETU Energias (7,5%) e Falcon Oil (5%).